Comissão de Direitos Humanos promove mesa redonda sobre violência contra as mulheres
Publicado há 7 anos - Por OAB Campina Grande
A Comissão de Direitos Humanos, da OAB/CG, realizou na tarde desta sexta-feira, 10, uma mesa redonda sobre violência contra a mulher e a cultura do estupro. Várias representantes de movimentos sociais, estudantes e profissionais de diversas áreas, estiveram presentes no auditório da Subseção.
Durante a explanação, a Mestre em Serviço Social, Coordenadora do Programa Direitos e Igualdade de Gênero do Centro de Ação Cultural –CENTRAC, Mary Alves, destacou o aumento do conservadorismo em nosso país e as desigualdades sociais entre homens e mulheres. "O que vemos hoje é um crescente aumento de posições retrógradas e conservadoras no nosso sistema político. A ausência de democracia plena ameaça a conquista dos direitos das mulheres", afirmou.
Ela destacou ainda o retrocesso aos direitos trabalhistas das mulheres representada pela proposta da Reforma da Previdência, "já que estamos na semana da mulher, não podemos nos inquietar nesse dia simbólico. Não podemos ficar caladas diante dessa estrutura que nos aprisiona, dizemos que somos cidadãs inferiores, precisamos lutar. A proposta de reforma afetará principalmente as mulheres, que terão um grande salto na idade mínima para aposentadoria", destacou.
Durante o evento foi apresentado ainda o trabalho realizado pelo Centro Estadual de Referência da Mulher “Fátima Lopes”, através da apresentação da Coordenadora do Centro, Isânia Petrúcio, afirmou que a maioria dos casos de violência acontece no âmbito familiar. "Nosso trabalho é no sentido de acolher, oferecer atendimento e assistência à mulher vítima de violência. O que constatamos nos últimos anos é que a dependência financeira e a emocional são os fatores que levam muitas mulheres a permanecerem no ciclo da violência, que acontece principalmente dentro de casa", disse.
Já a advogada e assessora jurídica no Centro Estadual de Referência da mulher "Fátima Lopes", Domícia de França, destacou a parceria e a importância de atividades que levam o debate de assuntos pertinentes para a sociedade. "É preciso agradecer a OAB que é uma Instituição forte por esse momento. Com todo respaldo social nos proporcionou essa parceria", afirmou.
A advogada falou ainda sobre a cultura do estupro no Brasil e como as diferenças de gêneros acabam gerando essa violência para as mulheres, "vivemos em um país violento para as mulheres. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no país, esse é um dado alarmante e o mais grave é que a mulher começa como culpada por essee ato", destacou.
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