Se fosse representado por uma pessoa, o Direito seria um homem. Por mais que a pauta sobre a igualdade de gênero tenha avançado, a mulher ainda é coadjuvante em todas as áreas do ofício. Esse cenário foi apresentado junto a uma série de dados apresentados em uma palestra nesta terça-feira (24/10) na Fenalaw.
Tathiane Piscitelli, professora de Direito na Fundação Getulio Vargas de São Paulo, apresentou o cenário:
- mulheres representam 33% dos doutorandos em Direito;
- uma doutora em Direito recebe apenas 77% da remuneração de um doutor;
- em sociedades de advocacia com mais de 50 sócios, 2/3 são homens;
- mulheres correspondem a 37% da magistratura;
- mulheres representam 30% do corpo docente do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e da escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (GV Law);
- em toda a sua história desde a fundação, em 1827, a São Francisco, Faculdade de Direito da USP, teve apenas uma mulher como professora do departamento de Direito Tributário e Direito Processual.